NipOlimpíada https://nipolimpiada.blogfolha.uol.com.br Tóquio-2020 e outras histórias Mon, 20 Apr 2020 05:24:41 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 De #Tóquio2021 a #FujaDeTóquio: 5 hashtags da crise de Covid-19 no Japão https://nipolimpiada.blogfolha.uol.com.br/2020/04/07/de-toquio2021-a-fujadetoquio-5-hashtags-da-crise-de-covid-19-no-japao/ https://nipolimpiada.blogfolha.uol.com.br/2020/04/07/de-toquio2021-a-fujadetoquio-5-hashtags-da-crise-de-covid-19-no-japao/#respond Wed, 08 Apr 2020 02:31:06 +0000 https://nipolimpiada.blogfolha.uol.com.br/files/2020/04/Akira.jpeg https://nipolimpiada.blogfolha.uol.com.br/?p=210 De Toyohashi (Japão)

Mais de 70 dias após o primeiro caso confirmado de Covid-19 no Japão, o primeiro-ministro Shinzo Abe declarou estado de emergência nesta terça (7). Com duração de um mês, a medida vale para sete províncias: Tóquio, Chiba, Fukuoka, Hyogo, Kanagawa, Osaka e Saitama.

Segundo a lei japonesa, o estado de emergência não prevê impor lockdown (confinamento) como em outros países –Tóquio, a maior metrópole do mundo, é uma das poucas megacidades que não aderiu ao isolamento para conter o avanço do novo coronavírus. Mas a declaração garante a governadores a possibilidade de “pedir” que a população fique em casa.

Colégios, cinemas, bares, baladas, museus e lojas de departamento devem ter uso limitado ou suspenso. Farmácias, supermercados e serviços básicos como fornecimento de luz, internet, gás e água continuam funcionando normalmente.

Foi-se, porém, impressão de “normalidade”. Até agora o país foi menos afetado pela pandemia que Europa, Estados Unidos e Brasil, mas, desde fins de março, após o adiamento da Olimpíada (remarcada para 2021), o número de novos casos aumentou consideravelmente: em dez dias, saltou de 1.693 casos e 52 mortes (em 28 de março) para 3.654 casos e 85 mortes (em 6 de abril), segundo dados da Universidade Johns Hopkins.

Até dia 6 de abril, as dez das 47 províncias japonesas com mais casos eram Tóquio (1.116), Osaka (423), Chiba (283), Kanagawa (239), Aichi (239), Hyogo (215), Saitama (201), Hokkaido (194), Fukuoka (162) e Quioto (126).

Foi um longo caminho até a declaração, sob pressões de políticos (como os governadores Herofumi Yoshimura, de Osaka, e Yuriko Koike, de Tóquio), empresários (como Masayoshi Son e Hiroshi Mikitani, magnatas da indústria da tecnologia), especialistas (incluindo Yoshitake Yokokura, presidente da Japan Medical Association), famosos e anônimos.

Estas cinco hashtags, trending topics (assuntos mais comentados) no Twitter, marcaram momentos-chave e ajudam estrangeiros a entender a cronologia da crise de Covid-19 no Japão:

#JustCancelIt

Ao longo de fevereiro, o número de casos confirmados pulou de 20 para 241. Na época, a situação parecia sob controle –tanto que organizadores e autoridades asseguraram a continuidade do calendário e afastaram rumores de cancelamento da Olimpíada na capital japonesa por conta do surto de coronavírus, um discurso que se arrastou por meses.

Entretanto, no Twitter japonês já subia a hashtag #JustCancelIt (“apenas cancele”), referência ao clássico mangá “Akira”, de Katsuhiro Otomo, publicado na década de 1980. Na história, Tóquio é destruída na Terceira Guerra Mundial e, reconstruída como Neo-Tóquio, será sede da Olimpíada de 2020.

Um dos quadrinhos mostra o número 147 na contagem regressiva até os Jogos, o equivalente a 28 de fevereiro deste ano. Ao lado do painel está pichado “chuushu da chuushi”, que pode ser traduzido como “cancele, apenas cancele”.

 

#Tokyo2021

Atletas de diversas nacionalidades, como o nadador brasileiro Nicholas Santos, o decatleta americano Ashton Eaton e o triatleta espanhol Fernando Alarza, publicaram posts com a hashtag #Tokyo2021 ao longo de março, endossando o movimento de federações e comitês pedindo o adiamento dos Jogos Olímpicos.

Em 24 de março, o Comitê Olímpico Internacional anunciou o adiamento para 2021, fato inédito na história olímpica moderna. Após a decisão, o país registrou uma escalada de novos casos: 114 em 25 de março, 225 em 28 de março, 317 em 2 de abril, 522 em 4 de abril.

 

#StayHomeJapan

Após a alta de casos de fins de março, anônimos e famosos passaram a divulgar a campanha digital #StayHome (“fique em casa”) no país –pela primeira vez, meses após o início do surto.

O músico japonês Yoshiki Hayashi é um dos mais ativos: além de tuítes, gravou a música “Sing for Life” em apoio às quarentenas internacionais, com Bono Vox (do U2), Jennifer Hudson e will.i.am (rapper do Black Eyed Peas).

A artista japonesa Masora Fukuda, que vive nos Estados Unidos, publicou o vídeo “Dear me 10 Days ago – US to Japan”, uma colagem de depoimentos de seus amigos americanos, endereçada aos jovens japoneses, destacando o quanto a situação dos surtos pode se agravar e chamando a atenção para a importância da quarentena.

 

#AbeNoMask

Apesar das pressões e dos recordes de novos casos, o primeiro-ministro Shinzo Abe declarou ao parlamento que não era a hora de declarar estado de emergência em 2 de abril. “Por enquanto, as infecções estão sob controle”, justificou.

Enquanto líderes de diversos países instauravam quarentenas e restrições de movimento, Abe anunciou uma medida inusitada para controlar o avanço do vírus: a distribuição de duas máscaras reutilizáveis por casa japonesa até o fim de abril. Há cerca de 50 milhões de residências e 127,3 milhões de habitantes no país.

O premiê se tornou alvo de críticas, como descreveu o jornalista japonês Tomohiro Osaki, por lançar uma proposta muito aquém das medidas esperadas do Estado diante da grave crise. “É uma brincadeira de 1o de abril?”, tuitou o escritor japonês Naoki Hyakuta.

A internet não perdoou: no Twitter, viralizou a hashtag #AbeNoMask (“máscara de Abe”) e diversos memes, como montagens com o premiê vestindo duas máscaras, uma delas cobrindo os olhos –lembra a icônica imagem do presidente Jair Bolsonaro tentando ajeitar a peça no rosto, durante entrevista à imprensa no Brasil.

 

#EscapeTokyo

Após a declaração de estado de emergência, em 7 de abril, uma tendência inusitada se instalou: ao invés de aumentar o apoio a campanhas pró-isolamento social, o simples “fique em casa”, #EscapeTokyo (“fuja de Tóquio”) subiu aos trending topics do Twitter no Japão.

A ideia é sair da capital, o atual foco, cuja área metropolitana abriga 35 milhões de pessoas, e ir para a casa da família ou de amigos no interior para se isolar –o que pode implicar deslocamentos, viagens e, voilà, novas infecções.

“Isso só vai espalhar o vírus”, alertou o médico Nobuhiko Okabe, um dos integrantes do painel de especialistas do governo japonês, segundo a agência Reuters. “É preciso aguentar. Não devemos nos apressar para ir embora”, disse.

Em outras palavras: não é hora de fugir, mas de ficar em casa, pelo bem de todos, arquipélago adentro e mundo afora.

 

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5 hábitos de higiene no Japão (antes e durante a pandemia de Covid-19) https://nipolimpiada.blogfolha.uol.com.br/2020/04/01/5-habitos-de-higiene-no-japao-antes-e-durante-a-pandemia-de-covid-19/ https://nipolimpiada.blogfolha.uol.com.br/2020/04/01/5-habitos-de-higiene-no-japao-antes-e-durante-a-pandemia-de-covid-19/#respond Thu, 02 Apr 2020 01:27:10 +0000 https://nipolimpiada.blogfolha.uol.com.br/files/2020/04/tore-f-9OEDisIbOUM-unsplash.jpg https://nipolimpiada.blogfolha.uol.com.br/?p=174 De Toyohashi (Japão)

Bons hábitos de higiene, como manter as mãos sempre limpas (com água e sabão ou álcool em gel de concentração de pelo menos 60%), cobrir a boca ao tossir e espirrar (com a dobra do cotovelo ou lenços descartáveis) e manter distância de no mínimo 2 metros de quem estiver tossindo e espirrando estão entre as principais recomendações das autoridades de saúde para se proteger do novo coronavírus.

Pré-pandemia, os japoneses já eram famosos por hábitos de higiene (e certa mania de limpeza), no dia a dia, dentro e fora de casa.

Após a declaração de pandemia da Covid-19, provocada pelo novo coronavírus Sars-CoV-2, muitos reforçaram cuidados no país, que registrou 1.953 casos (além dos 712 do navio Diamond Princess) e 56 mortes até 31 de março.

Há controvérsias, dúvidas e discussões sobre o status do surto no Japão –se o pior já passou ou está por vir, diante da alta de novos casos confirmados após o adiamento oficial da Olimpíada e o temor de um boom acelerado a partir de abril.

Também se discute o peso dos hábitos de higiene no controle de infecções: à imprensa internacional, infectologistas como Sachio Miura, da Universidade de Nagasaki, indicaram que os costumes têm ajudado a controlar a disseminação do vírus; outros especialistas, como Kentaro Iwata, da Universidade de Kobe, ponderaram que apenas a cultura não é resposta para compreender o diminuto número de casos de contágio no Japão.

“Baixo número de testes = baixo número de casos. Não é difícil de entender”, sintetiza um post no Facebook. “Máscaras, mãos limpas, banho todo dia e menos contato físico. Não é difícil de entender”, aposta outro, no Twitter.

Na dúvida, manter as mãos limpas não faz mal a ninguém. Eis cinco costumes nipônicos, antes e durante a pandemia:

1. Ojigi

“Ojigi” é a reverência japonesa, um gesto de gentileza, curvando-se para cumprimentar os outros. Feita em diferentes inclinações, vale para saudações como “oi”, “obrigada” e “bom dia”, além de pedidos de desculpas e demonstrar respeito. Aqui não são comuns cumprimentos com beijos, abraços ou aperto de mão. Diante das orientações para evitar contato físico, é uma alternativa interessante.

Entretanto, o distanciamento também tem episódios extremos. Conforme reportou o jornal The Japan Times, entrever alguém tossir se tornou motivo de olhares tortos, terror e até brigas –a tendência foi batizada de “corohara” na imprensa japonesa (“coronavirus harassment”, em inglês; algo como “coronassédio”, em português).

Jovens japonesas vestindo máscaras estilizadas (iMorpheus/Flickr/Creative Commons - 2007)
Jovens japonesas vestindo máscaras estilizadas (iMorpheus/Flickr/Creative Commons – 2007)

2. Masuku

Desde o surto da Sars (em 2003) e da epidemia de H1N1 (em 2009), máscaras (“masuku”) se tornaram itens comuns no dia a dia dos japoneses. Além de proteger as vias nasais para amenizar alergias (como o “kafunsho”, a hipersensibilidade ao pólen, que atinge um quinto da população do país), a peça passou a ser usada independentemente das estações, como acessório “fashion”, com detalhes e diferentes estampas, para esconder imperfeições do rosto e até para dar a sensação de conforto e confiança a quem a veste.

Máscaras são aliadas no combate ao Sars-CoV-2, pois uma das principais vias transmissão do vírus são as gotículas de saliva. Entretanto, especialistas divergem sobre a necessidade do uso o tempo todo: a OMS diz que as peças devem ser usadas apenas por pessoas que estejam tossindo ou espirrando, ou por quem esteja cuidando de alguém infectado ou sob suspeita de Covid-19. Aqui, elas esgotaram nos mercados no início do surto, deixando muita gente desmascarada.

3. Tisshu

É comum andar com acessórios como lenços, lenços umedecidos ou toalhinhas a tiracolo, no bolso, na bolsa e no carro, para imprevistos fora de casa, como um eventual espirro –dentro de um banheiro preferencialmente, pois assoar o nariz em público é considerado extremamente rude, embora certamente aconteça. Há diversas marcas de “tisshu” (palavra derivada do inglês, “tissue”), o lencinho de papel fino, flexível e descartável, com embalagens e caixinhas coloridas.

Antes, era comum encontrar pequenos pacotes de lencinhos como brindes na entrada de empresas, além de spray desinfetante para as mãos. Hoje, nem tanto: ao lado do papel higiênico, o lencinho de papel esgotou nos mercados japoneses, após se alastrar uma fake news que dizia que a matéria-prima vinha da China, primeiro epicentro do coronavírus, o que afetaria a produção.

Alunos da escola primária limpando os corredores da escola, em Okazaki (Marcelo Hide/Fotos Públicas - 2015)
Alunos limpando corredores de escola em Okazaki (Marcelo Hide/Fotos Públicas – 2015)

4. Sōji

Torcedores japoneses recolhendo lixo das arquibancadas dos estádios após os jogos na Copa do Mundo no Brasil (2014) e na Rússia (2018), estudantes e crianças varrendo corredores e lavando banheiros nos colégios. Os gestos, que foram destaque na mídia mundo afora, refletem a cultura japonesa de não deixar nada para trás, da importância de limpar lugares por onde se passa antes de ir embora –em outras palavras, “nós sujamos, nós limpamos”.

“Sōji” pode ser traduzido como faxina, incluindo atividades coletivas em estádios, escolas, escritórios, fábricas e templos. Aqui, é raro encontrar lixeiras nas ruas, impressionantemente limpas, pois o lixo é considerado responsabilidade de quem o produz. Tomou um café e não há onde jogar o copo? Carregue-o até encontrar uma lata de lixo; se não encontrar, leve-o para a lixeira de casa. Toda casa japonesa recebe um calendário colorido e uma cartilha com as regras para a coleta superseletiva do país. Em tempos de pandemia, menos lixo bagunçado pode significar menos risco para quem faz a limpeza urbana.

5. Genkan

Lares japoneses (casas e apartamentos, antigos ou novos, mas de estilo tradicional) possuem um “genkan”, um tipo de degrau na porta principal, onde deve-se tirar e deixar os sapatos para entrar apenas de meias ou vestir pantufas ou chinelos especiais, as “suripas”. O hábito vale para a própria residência e a dos outros, além de muitos hotéis, escritórios e colégios. A ideia é delimitar o lado de fora e o de dentro, a fim de evitar que a sujeira da rua entre em casa.

Esta é uma das indicações presentes no “protocolo boliviano” que viralizou nos últimos dias. Entretanto, conforme revelou reportagem publicada nesta Folha, o documento tinha exageros e erros. Tirar os sapatos não impede o coronavírus, mas a diretriz deveria ser seguida no dia a dia para evitar a contaminação por outros microorganismos.

Genkan, área onde se deve tirar os sapatos antes de entrar em casa (Wikimedia Commons)
Genkan, área onde se deve tirar os sapatos antes de entrar (Wikimedia Commons)
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Anticlímax, compreensão e memes marcam Tóquio-2020, adiada para 2021 https://nipolimpiada.blogfolha.uol.com.br/2020/03/25/anticlimax-compreensao-e-memes-marcam-toquio-2020-agora-2021/ https://nipolimpiada.blogfolha.uol.com.br/2020/03/25/anticlimax-compreensao-e-memes-marcam-toquio-2020-agora-2021/#respond Wed, 25 Mar 2020 07:40:13 +0000 https://nipolimpiada.blogfolha.uol.com.br/files/2020/03/15850767345e7a59feacc3f_1585076734_3x2_lg.jpg https://nipolimpiada.blogfolha.uol.com.br/?p=138 De Toyohashi (Japão)

É oficial. Depois de dias quicando, o Comitê Olímpico Internacional cravou: os Jogos Olímpicos de Tóquio ficaram para 2021.

É a primeira vez na história olímpica moderna que uma edição dos Jogos muda para outro ano –três foram canceladas (1916, 1940 e 1944), devido às Guerras Mundiais.

Além das pressões internacionais, de federações de atletas, jornalistas e políticos, o adiamento era esperado no Japão: 69,9% dos japoneses ouvidos pela enquete da agência Kyodo, no início do mês, não contavam com que a Olimpíada ocorresse de fato neste ano, devido à pandemia do novo coronavírus.

Diante do anticlímax, apesar de certo desapontamento, o clima predominante é de compreensão e manifestações de apoio (e até de alívio) na imprensa e na internet.

Organizadores da Tóquio-2020 (ou Tóquio-2021, se decidirem atualizar o título oficial dos jogos) vão se reunir no dia 30, na Japan Sport Olympic Square, o QG administrativo na capital japonesa, para discutir os próximos passos.

É incerto se os Jogos serão rebatizados, visto que a marca foi consolidada, junto a patrocinadores, produtos e público desde a escolha da capital japonesa como sede, em setembro de 2013. Mas já surgiram memes como o cartaz carimbado indicando 2021 (aqui, quando se rasura um documento oficial, é preciso destacar a errata com um carimbo pessoal, o “inkan”).

Outros publicaram fotos relacionadas à instalação de arte “Tokyo 2021”, promovida pela construtora Toda Building, que esteve em cartaz até outubro de 2019 –e que ainda detém o domínio tokyo2021.jp.

Datas, contratos, ingressos, tudo deverá ser rearranjado para o novo e indefinido calendário, inclusive o destino das instalações, já prontas, e da tocha olímpica, que está no território japonês, mas não vai mais cruzar o país a partir do dia 26.

“Tóquio-2020 pode ser a luz no fim deste túnel escuro que todos nós estamos passando juntos agora. E todos nós queremos ver a chama olímpica como a luz no final deste túnel”, declarou o dirigente alemão Thomas Bach, presidente do COI, reiterando expressões presentes na carta dirigida dias antes aos atletas olímpicos.

É difícil dizer se a metáfora é bem-vinda no momento. No último fim de semana, estendido pelo feriado de sexta-feira (20), o marco do início da primavera, mais de 50 mil pessoas se enfileiraram na estação de trem de Sendai, na província de Miyagi, para ver a pira olímpica. A aglomeração acendeu o alerta amarelo no país, que registrou outras multidões, embaladas pela atmosfera primaveril e as primeiras flores de cerejeiras.

Terça-feira (24) foi um dia decisivo. Além do anúncio do adiamento da Olimpíada e da repercussão de relatos de aglomerações arquipélago adentro, a data marcou a alta de 17 novas infecções do coronavírus em Tóquio. No fim do dia seguinte, registrou o recorde de 41 novos casos, totalizando 212.

“Cidades no mundo todo estão em ‘lockdown’ [paralisação de atividades]. Em Tóquio, há preocupações sérias de que aglomerações de indivíduos infectados levem a um aumento explosivo de casos na cidade. Se isso acontecer, não teremos escolha a não ser impor medidas rigorosas de isolamento para impedir mais infecções”, declarou a governadora Yuriko Koike.

O relógio da estação central de Tóquio, que indicava a contagem regressiva para a abertura da Olimpíada, parou no número 122. A 121 dias da festa prevista no calendário olímpico original, o relógio agora marca “25-3”, 25 de março, a data de hoje.

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